11 de dez. de 2015

SAIBA TUDO SOBRE A Síndrome de Guillain-Barré



Síndrome de Guillain-Barré


ENTENDA

A Síndrome de Guillain-Barré, caracteriza-se por uma polirradiculoneuropatia inflamatória aguda de origem auto imune adquirida e monofásica. 

Também Pode tratar-se de uma polirradiculoneuropatia desmielinizante inflamatória, caracterizada pela ocorrência de um ataque agudo nos nervos periféricos  e craniais.

Em outras palavras, a Síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune que ocorre quando o sistema imunológico do corpo ataca parte do próprio sistema nervoso por engano. Levando assim a inflamação dos nervos, que provoca fraqueza muscular.

DIAGNÓSTICO

A Síndrome de Guillain-Barré, pode ser difícil de diagnosticar em seus estágios iniciais. Os sinais e sintomas são semelhantes aos de outras desordens neurológicas e ainda podem variar de pessoa para pessoa.

Um histórico de fraqueza muscular crescente e paralisia pode ser um sinal da Síndrome de Guillain-Barré, principalmente se houve uma doença recente.

Um exame médico pode mostrar fraqueza muscular e problemas nas funções involuntárias (autonômicas) do corpo, como pressão arterial e freqüência cardíaca. O exame também pode mostrar se os reflexos, como os do joelho,estão diminuídos ou ausentes. Também pode haver sinais de diminuição da respiração causada por paralisia dos músculos respiratórios.

Exames pedidos pelos médicos são:

Amostra do líquido cefalorraquidiano (punção lombar)
Eletrocardiograma (ECG)
Eletromiografia (EMG), (testa a atividade elétrica dos músculos)
Exame de velocidade de condução nervosa
Exame de função pulmonar


CAUSAS


Imagem: Internet
Ainda não é totalmente conhecida as causas da Síndrome de Guillain-Barré, pelo fato de ser uma doença auto-imune.

Normalmente ela aparece alguns dias ou semanas após uma infecção do trato respiratório e digestivo.

Na Síndrome de Guillain-Barré, o sistema imunológico de uma pessoa, que é responsável pela defesa do corpo contra organismos invasores, começa a atacar os próprios nervos, danificando-os gravemente.

O dano provocado pela doença provoca formigamento, fraqueza muscular e até mesmo paralisia. Geralmente afeta mais freqüentemente o revestimento do nervo (bainha de mielina).  A bainha de mielina faz com que os sinais nervosos se alastrem mais lentamente. O dano a outras partes do nervo pode fazer com que este deixe de funcionar corretamente.

RISCOS 

A Síndrome de Guillain-Barré pode afetar todos os grupos etários. Pessoas que fazem parte de determinados grupos podem estar sob maior risco do que outras, especialmente pessoas do sexo masculino e adultos mais velhos.
Desencadeia-se por:
Vírus Influenza
Vírus de Apstein-Barr
HIV, o vírus da AIDS
Pneumonia
Cirurgia
Linfoma de Hodgkin
Raramente, vacinas da gripe ou a vacinação infantil

SINTOMAS

  • Perda de reflexos em braços e pernas
  • Hipotensão ou baixo controle da pressão arterial
  • Em casos brandos, pode haver fraqueza em vez de paralisia
  • Pode começar nos braços e nas pernas ao mesmo tempo
  • Pode piorar em 24 a 72 horas
  • Pode ocorrer somente nos nervos da cabeça
  • Pode começar nos braços e descer para as pernas
  • Pode começar nos pés e nas pernas e subir para os braços e a cabeça
  • Dormência
  • Alterações da sensibilidade
  • Sensibilidade ou dor muscular
  • Movimentos descoordenados
  • Visão turva
  • Descoordenação   e quedas
  • Dificuldade para mover os músculos do rosto
  • Contrações musculares
  • Palpitações (sentir os batimentos cardíacos)

Na maioria dos casos, a fraqueza começa nas pernas e depois se espalha para os braços. Ou seja, a chamada “paralisia ascendente”. Lembrando sempre que, a fraqueza muscular afeta os dois lados do corpo.

Se a inflamação afetar os nervos do diafragma e do peito, e se houver fraqueza desses músculos, a pessoa poderá necessitar de assistência respiratória.

TRATAMENTO

Foto: Internet
Não existe cura para a Síndrome de Guillain-Barré. Porém, existem muitos tratamentos disponíveis para ajudar a reduzir os sintomas, tratar as possíveis complicações e acelerar a recuperação do paciente.

Quando os sintomas são graves, a hospitalização será recomendada para dar continuidade a um tipo de tratamento mais específico, que pode incluir aparelhos de respiração artificial.

Nos estágios iniciais da doença, tratamentos que removem ou bloqueiam a ação dos anticorpos que estão atacando as células nervosas podem reduzir a gravidade e a duração dos sintomas da Síndrome de Guillain-Barré.

Um desses métodos é chamado de plasmaferese e é usado para remover os anticorpos.do sangue. O processo envolve extrair sangue do corpo, geralmente do braço, bombeá-lo a uma máquina que remove anticorpos e depois enviá-lo novamente ao corpo.

Outro método é bloquear os anticorpos usando altas doses de imunoglobulina. Nesse caso, as imunoglobulinas são adicionadas ao sangue em grandes quantidades, bloqueando os anticorpos que causam a inflamação.

Outros tratamentos disponíveis têm por objetivo prevenir complicações. Podem ser utilizados anticoagulantes para prevenir coágulos sanguíneos. 

Se o diafragma estiver debilitado, pode ser necessário o uso de um auxílio respiratório ou até mesmo de um tubo e um ventilador respiratórios.

A dor é tratada com remédios anti-inflamatórios e narcóticos, se necessário. O posicionamento adequado do corpo ou um tubo de alimentação podem ser empregados para evitar engasgar durante a alimentação se os músculos usados para deglutição estiverem debilitados.


RECUPERAÇÃO

Após os primeiros sinais e sintomas, a doença tende a agravar-se progressivamente para cerca de duas semanas. O sintomas atingem seu ápice em aproximadamente quatro semanas.

A recuperação começa logo depois, geralmente com duração de seis meses a um ano, embora para algumas pessoas possa demorar até três anos.


AGRAVAMENTO

Se não for tratada, a Síndrome de Guillain-Barré pode evoluir em algumas complicações graves:

Insuficiência respiratória
Contraturas das articulações ou outras deformidades
Trombose venosa profunda
Maior risco de infecções
Pressão arterial baixa ou instável
Paralisia permanente
Pneumunia
Úlceras
Aspiração de alimentos ou líquidos para dentro do pulmão


ESPERANÇA

A recuperação pode demorar semanas, meses ou anos, mas não existe cura para a Síndrome de Guillain-Barré. A maioria das pessoas sobrevive e se recupera completamente. Sintomas de fraqueza podem persistir em algumas pessoas por muitos anos mesmo com o tratamento.

É mais provável que o prognóstico do paciente seja muito bom se os sintomas desaparecerem dentro de três semanas do início da doença.



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Fonte: Sociedade Brasileira de Neurologia; Ciências Biológicas e Saúde, Londrina; tua saúde .com. Acesso em 11 dez. 2015.

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